Era uma fria e triste manhã, e eu estava exausta. Havia acabado de sair de um voo de Edmonton para Calgary, a caminho da Flórida para visitar minha avó. Devia, porém, passar pela alfândega antes de ir até a sala de espera e aguardar a conexão do meu voo.
Fui para o portão designado e me acomodei para dormir. Às 11 horas, senti um impulso claro para me levantar, embora o voo só estivesse marcado para dali a uma hora. Com fome, fui procurar algo para comer, mas a sala de espera para os passageiros dos Estados Unidos estava fechada.
A funcionária do balcão de passagens me disse que era uma área de espera só para os passageiros dos Estados Unidos. “Mas passe pela alfândega, querida”, orientou-me a moça. Informei-lhe categoricamente que eu já havia passado pela inspeção. De repente, tudo assumiu nova perspectiva. Com uma exclamação em voz alta, o tom dela mudou. Em primeiro lugar, perguntou como eu havia entrado naquele terminal. Meigamente informei que a porta estava aberta e eu entrara por ela. Perturbada, ela chamou um supervisor. A resposta dele foi brusca: “Você está contaminada”, disse ele. “Burlou a segurança. Precisa passar de novo pela alfândega.”
Correndo desesperadamente pelo aeroporto, com o coração em disparada, só ouvia a feia palavra “contaminada” ressoando dentro da cabeça. Ser rejeitada, indesejada e estar deslocada no ambiente me fez lembrar da história do leproso, em Lucas. Impuro, contaminado e rejeitado pela sociedade, esse homem estava sentenciado a uma vida de humilhação e de dor física e emocional, até que Jesus o libertou com as palavras que significam o mesmo que “Vai, e não peques mais. Estás curado.”
Afortunadamente, como na história do leproso, minha história teve final feliz. Depois de alguns telefonemas e outra demora de 20 minutos na alfândega, eu estava liberada para seguir. Sorrindo, embarquei no avião, sabendo que não mais estava contaminada.
Deus nos diz que, por Sua graça, removeu todos os nossos pecados. Nós também temos pleno direito ao Seu reino. Embora estejamos enfermos, cheios de pecado e endurecidos, Deus nos recebe a todos no destino eterno que nos reservou. Há uma condição apenas: devemos aceitar Seu poder purificador.
Christine A. Greene
Nenhum comentário:
Postar um comentário