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segunda-feira, 23 de maio de 2011

Nunca me Esquecerei de Você

Então os justos Lhe responderão: “Senhor, quando Te vimos com fome e Te demos de comer, ou com sede e Te demos de beber? Quando Te vimos como estrangeiro e Te acolhemos, ou necessitado de roupas e Te vestimos? Quando Te vimos enfermo ou preso e fomos Te visitar?” Mateus 25:37-39, NVI

Somos mulheres – o gênero mais sensível, certo? Entretanto, uma vez ou outra, alguém natural de Boston, que sou eu, emerge: mãos na massa, sempre em ação. Vai, vai, vai! Foi tudo o que pensei ao ver a moça do caixa conversando casualmente com a freguesa à minha frente. O que é pior, verbalizei esses pensamentos. “Ela bem que podia andar logo, para podermos sair daqui”, sussurrei ao meu marido, enquanto colocávamos os produtos na esteira. A repreensão foi incisiva e contundente: “Ela está chorando!” cochichou meu marido, de volta. Como pude ser tão insensível?

Quando achei que a situação estava ruim, piorou. Juntos, meu esposo e eu decidimos pagar a conta dela. Dever cumprido, pensei, enquanto tirava nossos produtos do carrinho e meu esposo apresentava o cartão. Então, me virei em tempo de captar o atônito olhar dele. Então, ele precisou dizer: “Abrace-a!” Lógico! Após recuperar-me da amorável reprimenda, entendi por que a moça do caixa tomara tempo para ir além dos limites do seu trabalho. Ela tomara tempo para notar um coração humano e cuidar dele.

Enquanto meu esposo completava a transação dela, coloquei gentilmente a mão no seu ombro para que ela soubesse que éramos solidários. Diante desse gesto, ela caiu no meu ombro e chorou. Nós a levamos para fora e oramos por ela, animando-a. Antes de sairmos, ela segurou minha mão e disse: “Nunca me esquecerei de você.” Eu poderia ter-lhe dito: “Você me fez lembrar de que Jesus toma tempo para me notar, responder às minhas orações, confortar-me e me ouvir. Ele nunca está ocupado demais para mim.” Mas tudo o que eu disse foi: “Eu também não me esquecerei de você.”

Sim, de algum modo andamos ocupadas demais para parar, olhar e estar atentas a uma oportunidade de retribuir-Lhe. Às vezes nós – sim, até mesmo nós, cristãs – nos envolvemos tanto na vida diária que passamos por alto o que acontece ao nosso redor. Andamos tão ocupadas, fazendo, fazendo, fazendo, que deixamos passar exatamente aquilo que devíamos fazer.

LaToya V. Zavala

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