Todos os pecados mencionados por Paulo sempre começa nos pensamentos. Portanto, é bastante coerente que lutemos para ter a mente mais pura e livre do pecado possível. A este respeito escreveu Ellen White que “todos somos agentes morais livres e, como tais, temos de pôr os pensamentos a correr no conduto certo. Esse é um vasto campo no qual a mente pode ter participação com segurança. Se Satanás procurar desviar a mente para assuntos baixos e sensuais, vamos levá-la de volta e colocá-la em coisas eternas; e quando o Senhor vir o resoluto esforço feito para reter apenas pensamentos puros, Ele atrairá a mente, como um imã, purificará os pensamentos e os habilitará a se purificar de todo pecado secreto, destruindo ‘toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus, e levando cativo pensamento à obediência de Cristo’’’ (2Co 10:5). Afirma ainda que “a primeira obra dos que desejam se reformar é purificar a imaginação. Se a mente for guiada em direção viciosa, tem de ser refreada, cultivando só assuntos puros e elevados. Quando formos tentados a ceder a uma imaginação corrupta, fujamos para o trono da graça e oremos pedindo forças do Céu. Na forma de Deus, a imaginação pode ser disciplinada, de modo a só de demorar em coisas puras e celestiais” (Mente, Caráter e Personalidade, v.2, p. 595).
Que bom saber que não estamos sozinhos nesta luta. Por mais árdua que possa ser, Deus quer nos ajudar a vencer as provas tornando-nos fortes e vitoriosos. No entanto, Deus não pode dar os passos iniciais que cabe a nós dar. Assim como na experiência do mar vermelho com o povo de Israel, Deus somente abrirá o mar para nos conceder a vitória e força se dermos os passos na direção correta. Precisamos lutar ferozmente contra todo mau pensamento. Se conseguirmos colocar rédeas na mente a ponto de conseguir desviar os maus pensamentos, nosso crescimento em Cristo será surpreendente e a paz com Deus excederá nosso coração. Não há nada mais importante para o cristão quando ele vive em paz com Deus a todo o momento. As dificuldades nos perseguirão e Satanás não desistirá em tentar nos atingir pelas portas do fundo de nossas fraquezas; mas com Deus, e persistentemente vigiando as avenidas da alma, o inimigo será derrotado e seremos vitoriosos no sangue do Cordeiro.
Leitura Adicional
“Nossas faculdades perceptivas aumentarão em poder e vigor, se consagrarmos todo o ser, corpo, mente e espírito, à realização de uma obra santa. Façamos todo esforço, na graça e pela graça de Cristo, para alcançar a alta norma que nos é proposta. Poderemos ser perfeitos em nossa esfera, como Deus é perfeito na Sua. Não declarou Cristo: ‘Sejam perfeitos como perfeito é o Pai celestial de vocês’? (Mt 5:48).
Não devemos nos considerar meros recipientes passivos da graça de nosso Senhor Jesus Cristo. Deus nos confiou talentos preciosos e requer o aproveitamento desses talentos. Os juros sobre o capital emprestado Lhe são devidos. ...Submetendo nossa vontade à dEle, nos aperfeiçoaremos na linguagem e nos conceitos espirituais. ...
Devemos guardar cuidadosamente as faculdades da mente. Nossos pensamentos devem ser mantidos sob controle do Espírito Santo. ...É nossa obra avançar rumo à perfeição, fazendo progresso constante, até sermos afinal pronunciados dignos de receber a vida imortal. E, mesmo então, a obra de progredir não cessará, mas continuará através da eternidade” (Nos lugares Celestiais [MM 1968], p. 186).
“Cercado diariamente pela tentação, sofrendo a contínua oposição dos guias do povo, Cristo sabia que deveria fortalecer Sua humanidade pela oração. A fim de ser uma bênção aos homens, precisava comungar com Deus, suplicar energia, perseverança e firmeza. Assim Ele mostrou aos discípulos o esconderijo de Sua força. Sem essa comunhão diária com Deus, nenhuma criatura humana poderá conseguir poder para o serviço. Unicamente Cristo pode dirigir corretamente os pensamentos. Só Ele pode comunicar nobres aspirações e moldar o caráter segundo a semelhança divina. Se dEle nos aproximarmos em fervorosa oração, Ele nos encherá o coração de desígnios elevados e santos e de profundos anseios de pureza e justiça. Os perigos que se adensam ao nosso redor exigem cuidadosa vigilância dos que possuem alguma experiência nas coisas de Deus. Os que andam humildemente diante do Senhor, sem confiança na própria sabedoria, compreenderão o próprio perigo e conhecerão o cuidado mantenedor de Deus (Conselhos aos Pais, Professores e Estudantes, p. 323, 324).
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